A Oficina
Ementa
A Boca Livre é uma oficina sobre processos comunicativos destinada a jovens estudantes, em especial do ensino médio, que se interessam por
comunicação ou que tenham perfil comunicador. O projeto entende o seu conjunto de atividades formativas - que passeiam pelos conceitos de Jornalismo, Comunicação, Educomunicação, Análise e produção crítica de mídia, dentre outros - como potencializadoras de habilidades já presentes nos estudantes, que crescem e vivem em um mundo midiatizado, desenvolvidas por meio do diálogo e da discussão sobre as relações de comunicação no contexto atual.
Objetivo
Possibilitar uma formação crítica e atenta dos estudantes à produção midiática em seu entorno, de modo que também se sintam à vontade para “narrativizar” e reconstruir a realidade em produções próprias nas mais diversas linguagens. Dessa maneira, a oficina não é ,e nem visa ser, uma capacitação de jornalistas em seu sentido mais puro, mas sim, busca trazer à tona discussões não tão comuns ao público alvo, incentivar a criatividade e a escuta do mundo em sua volta, para que esses estudantes possam estabelecer uma relação questionadora ao espectro midiático que não se restringe ao ofício formal de comunicador e que pode ser utilizada em outras
relações cotidianas.
Metodologia
A oficina se baseia nos conceitos de Paulo Freire, em especial o livro “Extensão ou Comunicação?”, para realizar a troca de saberes e experiências. Dessa forma, os encontros são regidos pelo princípio da troca dialógica, na qual o oficineiro se torna um mediador para as discussões realizadas no ambiente de aprendizado, direcionando os debates, trazendo conceitos, levantando questionamentos e sintetizando construções de saber. Para além disso, o projeto utiliza das mais diferentes linguagens culturais ( músicas, filmes, poesia, prática do teatro e RPG) e
midiáticas (Crônicas, reportagens, notícias, textos de opinião) para pautar o aprendizado em uma realidade próxima, palpável e que cause identificação em quem assiste e participa das aulas. Ademais, o agrupamento produzirá um produto comunicativo durante o desenvolvimento da oficina, dessa maneira, por se tratar de um processo educomunicativo, as especificidades deste serão determinadas de maneira conjunta entre os
oficineiros e estudantes.